07 agosto, 2007

Minha Nova Aversão

Pois bem, em pleno segundo semestre do ano letivo do terceiro ano o MEU professor de História pede demissão. Aquele. O tal. O mestre. Como se em plena expansão territorial militar Bonaparte desistisse de tudo. Talvez o melhor professor que eu tenha tido até hoje. O cara que aguentava minhas associações de feudalismo com capitanias hereditárias e neoliberalismo. Mas ele teve seus motivos, talvez baseado em ideais iluministas, como os grandes mestres do passado.
E me deixou, como quando a burguesia portuguesa em 1808, a ver navios...
Abriu os portos. Mas eu não quero comercializar com o novo professor.
Por Marianna Faria (Rafa Aela Affinaquela mostrando a face!)

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13 abril, 2007

13 de Abril

Abril é um daqueles meses quase-irrelevantes que segue logo depois do mês que fecha o verão. Então tá. Quase-irrelevante. Estava sem o quase, até que eu acessei um site e lá estava uma linda foto do filme O Meu Primeiro Amor quando os dois se beijam, e eu sei que você já viu esse filme, todo mundo já viu, sim, é aquele que o menininho é picado por abelhas e morre, pois então, dia 13 de Abril, dia do beijo. E é esse o único motivo que o faz QUASE-irrelevante. Mentira. Reza a lenda que os amores nascidos em Abril são para sempre. Então tá, espararei mais um ano.
Falando em mês... O que faz o mês de maio ser maior?
A letra R, dã.
Sem importância também.
Por Rafa Aela Affinaquela

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08 abril, 2007

Por Que Parou?

É uma sensação e tanto. Parece que todos estão te olhando, e talvez estejam mesmo, você começa a suar, seus movimentos são inconscientes, a melhor coisa que você faz é fechar os olhos e aproveitar. A cabeça sai do corpo, aliás, você não precisa mais dela. Barulho entra e sai e cria-se mais barulho a partir do seu corpo. Gritar é inevitável, coloca a euforia pra fora, liberta, dá mais forca. Seu corpo todo se mexendo, nenhum músculo fica parado, você ri e chora, faz careta e pode até mesmo piscar os olhos, mas na verdade isso não importa. Quando tudo começa a ter uma razão você começa a ir mais rápido, não quer parar, e não tem por que parar. Você perde o juízo, sai de dentro de você, é alcançado um nível maior, de mais graça, com mais graça. Nesses instantes, palavras não fazem mais sentido, além do mais, você nem vai escutá-las mesmo, seria só mais um esforço em vão, coisa que não pode acontecer, lembre-se: você não pode parar. Nem sempre o orgasmo é alcançado, mas quando vem, vem com força, mais força do que você usou para buscá-lo.
Exatamente nesse momento tudo pára, nessa hora você precisa abrir os olhos. A verdade é que você não vai ver nada, talvez um brilho, talvez um vulto, mas é aí que se encontra a razão e a emoção, de mãos dadas, dançando. Talvez você pare, talvez não. O que você tinha pra fazer ali você já fez, isso que importa, e isso realmente importa.
Você vai diminuindo o ritmo, mas na verdade você nunca pára. Beba uma água, um drink, fume um cigarro. Com certeza alguém vai te perguntar por que você parou, aí você diz: mais tarde eu volto pra pista, esses DJs são ótimos!





Por Lis Deeflor Jabei

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04 abril, 2007

Sempre o Mesmo

De uns dias pra cá tudo ficou mais difícil. Difícil de acreditar no que me diziam e mais difícil ainda de acreditar no que as outras pessoas sentiam.
Será que quando ele dizia que queria ficar comigo, que era louco por mim, quando ele me perguntava o que ele tinha que fazer pra ficar comigo, será que ele dizia a verdade? Eu só sei que ele não precisava de nada disso. Ele sempre foi tão bom pra mim, sempre, mas sempre mesmo, eu tive certeza que ele me amava. Mas uma certeza solúvel. E com um pouquinho de água ela voltava a ser a dúvida de novo. Perdi o amor dele.
Ele me surpreende, sempre bêbado, mas me surpreende. Isso que importa. Ele sempre fala que nunca vai desistir de mim, e eu sempre acho que da próxima vez que ele falar isso e vou me aconchegar nos braços dele, que eu vou poder amá-lo como ele me ama.
Doce ilusão.
Eu sempre estou me envolvendo com outra pessoa, sempre entrando em outra furada, ou outro relacionamento onde eu vou aprender com meu erros. Erros. Eu sempre erro em algo. Ligo demais e o cara acha eu tô fazendo pressão, nunca ligo e ele acha que eu não tô afim. Erros. Erros que eu tento não cometer mais. Mas eu sempre cometo o mesmo erro: nunca digo 'sim' pra ele. Pro único que, pelo menos bêbado, me diz: 'eu faço tudo por você'. Esse é o pior erro.
"Você não precisa fazer nada por mim, só me amar."

Esse é meu erro. Achar que eu preciso acertar sempre. E esqueço que o sempre é do mesmo tamanho do nunca.




Por Lis Deeflor Jabei

08 março, 2007

Quantos gramas?

Padaria: pão fresco e sonho. E eu estava lá.
- Aquele pó de sempre, brother!
A cada dia que passa esse tráfico me apavora mais. Mas dessa vez foi diferente. Num lugar como aquele, com aposentados lendo seus jornais, pais comprando o pão-de-cada-dia e crianças comprando seus sonhos... Não. Não pode ser assim. Espero, aliás, quero que isso mude logo. Fico indignada! Quero mesmo que haja no mínimo mais respeito nesse mundinho...
- Ih, dessa vez só tem Pilão!
Tomei um mate e saí. Adoro padaria. Odeio sonho, de padaria mesmo, sem ironia.
Que maldade minha.




Por Rafa Aela Affinaquela

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01 março, 2007

Numa Moldura Clara e Simples

Temos uma tendência a acreditar nas pessoas, e principalmente: acreditar que todas elas são boas. Aliás, temos não, tenho.
Nem sempre é assim, na verdade é difícil encontrarmos pessoas boas, pessoas com CARÁTER. Algo que deveria ser incluido obrigatoriamente na personalidade de todos. Estranho como algo tão necessário é tão raro.
Não gosto nem de pensar que pessoas assim já passaram por minha vida, que já me fizeram sofrer e me fizeram amadurecer mais rápido que o necessário. Sim, mais rápido. Mas do que eu queria. Sei que não posso confiar integralmente em quase ninguém, mas não sabia que deveria manter um oceano entre algumas. Perdi essas amizades, perdi para sempre. Mas aprendi lições que me trouxeram várias outras. Mas isso é triste. Não quero trocar amizades, quero criar, sempre.
Odeio odiar. Mas eu tenho raiva com razão. Posso magoar sem querer e nem sempre pedir desculpas mas sou sempre magoada com intenção e humilhada por diversão. Falo que nunca mais vou engolir esse sapo, mas é sempre de uma forma diferente, mas difícil e descontente.
Choro de raiva, choro de orgulho, choro sem atitude. Apenas por desespero.
Gritar, chingar, mal dizer a vida: nada adianta. Chorar sim. Lava a alma. Dá esperanças para que da próxima vez eu não me importe tanto. Renova a vida. Renova o olhar.



Por Lis Deeflor Jabei

19 janeiro, 2007

Peixe

Gatos são lindos. Em fotos. Cachorros são lindos. Quando não lambem. Quando não me lambem. Odeio. Odeio pássaros em gaiolas, tartarugas, coelhos e esses tantos outros animais de estimação. Mas eu tenho um peixe. Um beta. Passo oito horas por dia com ele. Menos de um minuto diretamente. Bato no vidro antes de dar-lhe cinco bolinhas de ração (que já deve ter passado da validade) e é nessa hora que ele abre as guelras* e me fita com um olhar superior. Eu me sinto intimidada e começo a fazer alguma outra coisa.
Mentira, não tenho. Ele não é meu. Melhor assim.




Por Rafa Aela Affinaquela

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01 janeiro, 2007

01/01/2007

Eu poderia desejar a paz mundial, pular sete ondas, colocar louro na carteira, comer lentilha, romã e/ou uva, jogar flores, dinheiro no mar, ou te ter comigo à meia-noite.
Mas meu único desejo pra 2007 foi não desejar. Deixa ser.


Por Rafa Aela Affinaquela

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24 novembro, 2006

Retrato

Na beira dessa piscina molho meus dedos e com um movimento suave desenho um coração. Faço tudo detalhadamente perfeito. Os pingos que caem do meu pulso tentam borrar mas eu não deixo, nós não deixamos, é, eu não estou sozinha. Estou feliz. É tudo bonito. Mas eu quero mais. O desenho transmite o que eu penso, o coração imita o que sinto. Tá calor. Tá evaporando, tudo tá desaparecendo. As beiradas estão sumindo, a água tá acabando. Estou confusa. Vou desenhar de novo. Droga! Não consigo, só sai borrão.
Eu tento sozinha reconstruir o nosso futuro, reconstruir o que nem aconteceu. Eu queria de outra forma, base mais sólida.
Na verdade era melhor nem ter desenhado, só sentir, apenas sentir.


Por Rafa Aela Affinaquela e Lis Deeflor Jabei.

23 novembro, 2006

Teste

1, 2, 3, testando...